Autora em Foco: Lúcia Tulchinski

Hoje, queremos destacar Lúcia Tulchinski, a mente por trás de “Heroínas do Brasil” YA ilustrado que será lançado pela Lura na Bienal do Rio.

Mergulhe em seu processo criativo, descubra suas inspirações e sua incrível jornada literária.

Você conhece as heroínas do Brasil? Estamos falando das mulheres poderosas que marcaram nossa história! A autora Lúcia Tulchinski traz à luz essas incríveis figuras em seu livro “Heroínas do Brasil – volume 1”.

📖 Viaje por séculos e descubra a trajetória de guerreiras como Dandara, Anita Garibaldi, Chiquinha Gonzaga, e muitas outras. A obra, ricamente ilustrada por Laila Arêde, promete encantar a todos com histórias inspiradoras de força, coragem e resistência.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA:

1: O que inspirou você a escrever Heroínas do Brasil – volume 1?

Fui arrebatada quando comecei a pesquisar a vida de mulheres brasileiras interessantes, batalhadoras, transformadoras, arrojadas, revolucionárias de séculos passados. O título Heroínas do Brasil surgiu logo no início e definiu o caminho da narrativa.

2: Como foi a sua jornada de escrita? Quais foram os principais desafios que você encontrou?

Minha jornada de escrita foi intensa. Inicialmente, muita pesquisa em todas as fontes disponíveis que encontrei. Estávamos na pandemia. Não foi muito fácil. Até mudei de cidade nessa época. Morava em São Paulo e vim pra Curitiba. Primeiro, em parceria com uma produtora, a Tumpats, lancei o podcast Heroínas do Brasil. Foi uma experiência incrível. Narrei as histórias e me envolvi ainda mais com as heroínas. Deixei os textos mais sensíveis, criativos. Lançamos a primeira temporada, que está disponível em todas as plataformas de áudio. Mas a ideia sempre foi publicar um livro mesmo. Então, conheci a Lura e novas portas se abriram, por meio do Skeelo, onde lançamos o audiolivro e o e-book. Foi um desafio sair do modelo tradicional – primeiro o livro impresso – mas valeu a pena. Os tempos mudaram e os leitores estão em todos os lugares. Gostam de ouvir, gostam de ler no celular. O Skeelo faz um trabalho sério. Já conhecia o Rodrigo Meinberg, CEO, de outras empreitadas profissionais. Agora, que chegou a vez do livro impresso, eu estou feliz demais. Tive que esperar por esse momento. Mas, paciência eu aprendi a ter de sobra nessa lida com as editoras ao longo de trinta anos. Não tem nada melhor do que viver daquilo que a gente gosta de fazer.

3: Como você acha que o seu estilo de escrita evoluiu ao longo do tempo?

No meu caso, tive de aprender a mesclar a jornalista com a escritora. Adoro dar informações, trazer curiosidades, fatos. Por outro lado, a escritora se  expõe, se revela, brinca com as palavras, viaja, constrói narrativas. A maturidade está favorecendo essa jornada de escrita. Estou me aventurando mais e  descobrindo que posso ir além como nunca me permiti. Sentar e escrever tem sido mágico. Estou bem mais resiliente e persistente também. Aprendi a não parar diante dos “nãos”. Eu já tive livro acertado com editora, com contrato e tudo, que não rolou. Mas, não fiquei estagnada na frustração e segui adiante. Então, batalho muito, mas muito mesmo, e estou sempre antenada para novas possibilidades.

Aprendi a não parar diante dos “nãos”. Eu já tive livro acertado com editora, com contrato e tudo, que não rolou. Mas, não fiquei estagnada na frustração e segui adiante. Então, batalho muito, mas muito mesmo, e estou sempre antenada para novas possibilidades.

4: Quem são os autores que influenciaram seu trabalho e de que maneira?

Minha paixão pela literatura começou com os clássicos que li na infância, como Júlio Verne, que depois tive a sorte de adaptar para a Editora Scipione, no caso, o Viagem ao centro da terra. Na adolescência fiz outras descobertas valiosas como Clarice Lispector, que me revelou o mundo da sensibilidade expressa em palavras. E, muitos, muitos outros autores importantes como Khalil Gibran, Cecília Meireles, Hermann Hesse. E sempre estou aberta a novas descobertas.

5: Pode nos contar um pouco sobre os temas abordados em Heroínas do Brasil – volume 1?

O livro dá visibilidade para quinze mulheres que foram importantes em momentos como abolição da escravatura, independência e nas lutas pelo direito da mulher à educação, ao voto, ao trabalho. É voltado para o público jovem. Tem lindas ilustrações em estilo pop da Laila Arêde. Muitos leitores e leitoras talvez não saibam, mas houve um tempo em que as mulheres sequer podiam sair para trabalhar sem pedir permissão para o marido. Não podiam estudar, nem votar também. Muitas lutaram para mudar isso. Além de figuras inesquecíveis que lutaram pela independência, pela abolição da escravatura, contra as injustiças e desmandos. Também conto um pouco da minha história, das minhas batalhas pessoais, e convido o(a) leitor(a) a refletir sobre suas escolhas e caminhos.

6: Como achou a Lura Editorial como parceira na publicação?

A Lura percebeu o potencial do projeto desde o começo. Foram receptivos desde a nossa primeira conversa.
E sugeriu caminhos como o lançamento inicial do audiolivro e do e-book pelo Skeelo. Que seja uma longa e duradoura parceria porque realmente isso faz toda a diferença.

A Lura percebeu o potencial do projeto desde o começo. Foram receptivos desde a nossa primeira conversa.

7: Você tem algum conselho para escritores aspirantes que desejam publicar seu primeiro livro?

Estejam abertos a sugestões que contribuam para melhorar e aprimorar a proposta, procurem editoras sérias e sejam persistentes.

8: O que você está lendo no momento? Você poderia recomendar alguns livros para nossos leitores?

Eu acabei de ler Violeta, da Isabel Allende, e Em busca de mim, da Viola Davis. Ambos são maravilhosos e recomendo ambos.

9: O que você espera que os leitores levem consigo após lerem Heroínas do Brasil – volume 1?

Espero que sigam com muita inspiração e garra para acreditar no seu potencial e lutar por seus propósitos, seus sonhos.

10: O que vem a seguir para você? Você está pensando em um novo projeto no momento?

Estou trabalhando em novos textos infantis sobre cultura popular.


Não perca o lançamento do livro, que acontece no Dia da Independência, 7/9, na Bienal do Livro Rio.

Mergulhe no processo criativo da autora, conheça suas inspirações e descubra sua paixão pela arte da escrita.

📌 INFORMAÇÕES DO LANÇAMENTO:

📅 Data: 7/9, das 12h às 14h
📍 Local: Bienal do Livro Rio 2023, Rio Centro, RJ.
Estande da Lura: Pavilhão verde, Rua Q, 28.

 

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